sábado, 21 de julho de 2012

Como ficam os outros filhos?


As crianças da família grávida precisam de atenção especial nesta fase, precisam ser ouvidas e acolhidas nos momentos em que manifestar que estão inseguras de perder seu lugar no coração dos pais.
A criança pode vivenciar os mais variados sentimentos nesta fase como curiosidade, raiva, medo de perder o amor dos pais, contentamento, ciúmes, principalmente se é filho único. Nesta situação, a criança tende a fantasiar e muitas dúvidas podem surgir: será que continuará sendo amada após a chegada do irmãozinho? Se a amam tanto, porque querem outro filho? Será que vão abandoná-la?



Cabe aos pais conversar e esclarecer as dúvidas da criança com um vocabulário adequado para a sua idade, lhe contando que um irmãozinho está chegando e que ele continuará sendo amado, e permitir que a criança expresse seus sentimentos para que aos poucos consiga lidar com o temor da perda do amor dos pais e aprenda a dividir o que teve até então somente para si.
Esta é uma situação de grande mudança para a criança e é comum que durante esta fase alguns comportamentos regressivos se manifestem como voltar a solicitar a chupeta ou mamadeira, solicitar mais atenção da mãe, falar como criancinha e até mesmo querer mamar no seio da mãe, tudo isso para se certificar de que ainda tem a atenção dos pais e é importante para eles.
Quando a criança não pode expressar seus sentimentos como raiva e ciúmes, e se sente forçada a ficar feliz com a chegada do bebê somente para agradar os pais, suas ansiedades e descontentamento podem se manifestar de outras formas como pesadelos, sono agitado, regressões, enurese, falta de apetite…a medida que a criança se sente compreendida e percebe que ela é importante estas somatizações e regressões tendem a diminuir.
Após o nascimento do bebê, é natural que a mamãe fique mais voltada para as necessidades do recém-nascido que demanda muito seus cuidados, nesta fase a atenção do pai e de parentes próximos como avós são importantes para que o filho mais velho se sinta acolhido e amado, além de representarem outras fontes de afeto.
Maria Elisangela Nunes Carneiro - Psicóloga – CRP 06/98989 

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