quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Somos 7 Bilhões - mas cada gravidez e parto continuam sendo únicos

Agora somos 7 bilhões de habitantes no nosso planeta, e a revista Crescer aproveitou o "marco" para fazer uma matéria bastante interessante sobre nascimentos pelo mundo, falou sobre as diferenças culturais com relação a partos, amamentação e até furo na orelha do bebê. 
Veja parte da reportagem abaixo e reportagem na íntegra aqui.


Cíntia Marcucci. Ilustrações Ni 
Foi no dia 31 de outubro de 2011 que a ONU (Organização das Nações Unidas) anunciou que havíamos atingido o número de 7 bilhões de pessoas na Terra. E começou então uma concorrência entre vários países para saber onde havia nascido o bebê símbolo desse marco histórico. Seria Danica, menina de Manila, das Filipinas? Ou Piotr, menino russo, de Kaliningrado? Sem uma definição oficial da entidade, como houve em 1987 e em 1999, ao atingirmos 5 bilhões e 6 bilhões, alguns países acabaram por ter o seu próprio representante da data.
Mas o que muda se esse bebê é russo, filipino, ou se nasceu na África, na América do Sul ou na Europa? No sentimento de cada mãe e pai, pouca coisa. Afinal, a chegada de um filho é motivo de orgulho, de alegria e de emoção, seja no idioma e na cultura que for. Já em termos culturais, o endereço, ou melhor, a latitude e a longitude, fazem toda a diferença. Então, vamos chamar esse tal bebê simplesmente de Bebê. Se ele for brasileiro, por exemplo, muito provavelmente nasceu por meio de uma cirurgia cesariana. O Brasil é o país com maior taxa de partos cesáreos no mundo, com um índice que chega a 52% do total de nascimentos (de acordo com reportagem publicada em 20 de novembro pelo jornal Folha de S.Paulo, usando informações da Datasus). Quando se fala apenas da rede particular, chega a 84,5% – dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de 2008.
Fosse Bebê uma menina brasileira, ninguém estranharia se as orelhas tivessem brincos. Já na Inglaterra, isso nem passa pela cabeça da maioria dos pais. Bebê podia até receber olhares tortos na rua. “Os ingleses acham que furar as orelhas é um tipo de mutilação e as meninas só fazem isso depois de mais crescidas. Além do mais, bebês com orelhas furadas são mais comuns nas classes sociais menos favorecidas”, contou a espanhola Rebeca Julio, mãe de Adrián, 1 ano e 5 meses, que vive e teve seu filho em Londres.
México e Itália têm 40% de taxa de cesáreas. Já na Noruega é de 16% e na Bolívia, 19%, segundo o Unicef. A Organização Mundial de Saúde recomenda entre 10% e 15% o número de partos cirúrgicos

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