sábado, 30 de janeiro de 2016

Depressão em mães e pais está associada a um aumento do risco de parto prematuro



Cada vez mais percebemos a importância do cuidado com a saúde física e mental dos pais desde a gestação.
É importante cuidar do corpo, preparar o enxoval, se preparar para os cuidados práticos com o bebê (como banhar, como trocar, amamentar…), mas se os pais não estiverem cuidando da saúde mental, ou seja, emocionalmente saudáveis para cuidar de seus bebês todos os "outros preparativos"  perdem o sentido, e compromete o que o bebê mais precisa que é a disposição interna de seus pais para ser olhado, cuidado, amado…
O estudo abaixo é bastante interessante, ele associa depressão parental com o parto prematuro.
Boa leitura!
O quadro depressivo na mãe ou pai aumenta o risco de parto prematuro segundo um novo estudo.
Pesquisadores suecos usaram dados de 366.499 nascimentos, e avaliaram se os pais tinham prescrição para o uso de antidepressivos ou internação hospitalar com diagnóstico de depressão no período de 12 meses antes da concepção até 24 semanas após a concepção.
Entre as mães, uma “nova depressão” (novo quadro depressivo após 12 meses sem ter apresentado a doença) foi associada a um aumento de 34% nos casos de parto prematuro moderado (32 a 36 semanas). Já para os casos de depressão recorrente materna, o risco aumenta para 42%.
A depressão paterna recorrente não foi associada ao parto prematuro. Nos casos em que os pais apresentaram “nova depressão” houve um discreto aumento no risco de parto prematuro moderado, e um aumento de 38% nos casos de partos prematuros extremos (22 a 31 semanas de gestação).
O estudo concluiu que a depressão materna e paterna são fatores de risco potenciais para o parto prematuro. 
Geralmente os pais são menos propensos a buscar ajuda, dificultando o diagnóstico e tratamento, o que sugere que uma abordagem ativa pode trazer bons resultados neste sentido.
Os autores destacam a importância de intervenções para prevenir o nascimento prematuro em programas de saúde materna e que estes incluam também os pais, pois eles, geralmente ficam a parte no processo. O estudo sugere também que a “díade” mãe-filho deve ser atualizada para a “tríade” mãe-pai-criança, direcionando a prevenção e cuidados ainda durante a gestação.
Este é mais um trabalho que destaca a importância do pai em todo o processo, desde a gestação, e quando falamos da saúde da família estamos falando de todos os envolvidos.

Fonte: The New York Times e BJBlog - An International Journal Obstetrics and Gynaecology